Na semana em que os jornais noticiaram que, em presídios do Rio de Janeiro, presos negociam com carcereiros a aplicação castigos físicos em vez de punições burocráticas – que podem levar à perda de benefícios como liberdade condicional ou absolvição da pena – o Conselho Federal de Psicologia, com o apoio do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, organizou, no Rio, o II Seminário Nacional sobre o Sistema Prisional.
O evento começou nesta quarta-feira, dia 12, e se estendeu até sexta, dia 14, reunindo psicólogos e profissionais de outras áreas em torno de questões relacionadas à necessidade de revisão do modelo prisional brasileiro e aos desafios que este impõe com relação ao respeito aos Direitos Humanos.
Na quarta-feira à noite, assistiu-se à mesa de abertura e à palestra A falência do Sistema Prisional Brasileiro, proferida pelo professor e ex-secretário estadual de Justiça do Rio, Nilo Batista.
Na quinta, dia 13, o evento começou às 9h e se estendeu até às 18h. Na parte da manhã, houve duas mesas de debate: Estado Penal e Funções do Cárcere na Contemporaneidade: Produção de Subjetividade e de Criminalidade e Cenários e Desafios da Práxis Psicológica no Sistema Prisional: Ética e Compromisso Social.
Na parte da tarde, tiveram lugar a mesa Alternativas Geradoras de Responsabilidade e as Subjetividades e uma roda de conversa com o tema Movimentos sociais e Sistema Prisional.
Já na sexta-feira, dia 14, o evento foi encerrado com um painel sobre O Fim possível das prisões.
Durante a cerimônia de encerramento, o presidente do CFP, Humberto Verona, entregou três documentos ao diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), sobre as posições do CFP com relação aos temas abordados no Seminário.
14 de novembro de 2008